sábado, 17 de dezembro de 2011

COMUNICADO

Prezados praticantes e simpatizantes do Zen Vale dos Sinos,

Comunicamos que estaremos em recesso de 18 de dezembro de 2011 até dia 12 de janeiro de 2012.
Retomamos a prática regular a partir do 13 de janeiro, com uma cerimônia de Kuyô - dedicando os méritos às pessoas falecidas, doentes, em dificuldades e sofrimento.
Desejando a todos e todas um Natal pleno de sentido e boas entradas no Ano Novo que se aproxima.
Gasshô

sábado, 10 de dezembro de 2011

ESTAMOS JUNTOS DE VOLTA PRA CASA.



Após 28 dias hospitalizada recebo alta nessa segunda-feira, dia 05 de dezembro. Dia 09 de novembro fui submetida uma cirurgia de revascularização, mais polular ponte de safena – foram 3. A evolução dos primeiros dias ía bem, apesar do quadro geral ser delicado, pelo tipo de cirurgia. Após alguns dias operada iniciei uma pneumonia, o que não é raro nesse tipo de procedimento. Já havia feito também uma anemia em que foram necessárias duas transfusões.

Muita dor nos cortes do peito e da perna, dor para tossir, dor nas costas e uma pequena escara, falta de ar e dependência do oxigênio. Fraqueza geral, eu completamente sem apetite. Vocês conseguem acreditar numa coisa dessa? Bem, nessa se foram 8 kg.

A cada semana que passava eu criava expectativas de voltar para casa. A alta dependia da minha evolução. Em meio a pneumonia também havia uma inflamação na “ferida operatória”, e até suspeita de mediastinite. Assim, após uma semana de antibiótico, concluiram que seriam necessário duas, depois tres semanas. E assim fui ficando, já sem expectativas, aceitando esse momento e disposta a vivê-lo plenamente. Interagia mais com toda a equipe de técnicos e enfermeiras, reconheci o valor do trabalho da Fisioterapia e curtia muito minhas visitas. Pequenos movimentos que eu recuperava eram valorizados. Nos primeiros dias após a cirurgia eu não conseguia apertar o sabonete ou o alcool gel, desses que ficam num suporte na parede. Banho, secar-me sózinha de jeito nenhum. Mas recebi o feedback que eu, apesar de estar vivendo um momento de vulnerabilidade e dependência, não sou uma paciente queixosa e demandante. Fiquei sabendo também que se deve dar atenção especial a este perfil, pois ele pode estar “afundando”, como dizem, sem nenhuma queixa, silenciosamente.


Mas enfim, cá estou, de volta pra casa.

Tenho alguns agradecimentos a fazer e faço questão desse registro.

Todas essas pessoas fizeram parte da rede que me sustentou e me embalou. Houve momentos de tensão e de preocupação com minha saúde física e com minha condição emocional. Quanto mais vulnerável, mais gente tinha na minha volta. Isto revela que essa rede se movia se contraindo ou expandindo, de acordo com a necessidade de sustentação.


Em primeiro lugar agradeço a minha filha, que me acompanhou 24 horas por dia durante toda a internação, deixando todos os seu interesses pessoais de lado. Ela é doutoranda de Medicina nesse hospital – São Lucas da PUC. Ela ocupou o lugar de filha, amorosa e cuidadosa, e também preservou o olhar da futura médica – atenta e responsável.

Ao meu filho Maurício que através dessa vivência, aprendeu e praticou expressar seus afetos, sobre o cuidado e sobre ser “eternamente responsável pelo que cativas...”

Ao médico que me operou, Dr. Goldani, pela sua experiência e sabedoria. Ao anestesista Dr. Paludo, por inspirar tanta confiança. À Irmã Elígia, pela plena atenção e dedicação

Ao Dr Guaranhas e sua equipe, Dr. Felipe, Dr. Wagner, tão sensível e amoroso e ao Dr. Thiago.

À Dra. Louise, pela sua prontidão.

A todos que doaram sangue num total de 19 pessoas, entre conhecidos e desconhecidos. Que generosos!

A todos da equipe da Enfermagem e técnicos de enfermagem , um lugar onde há muitos Bodisatvas disfarçados.

Ao pessoal da fisioterapia, que me tiravam da cama, principalmente Raquel.

Minha querida colega de quarto, Da Adyles, 75 anos. Na sua sabedoria dizia: “ O que é pra gente ninguém manda, vem!”

Aos meus queridos amigos que me cuidaram nos dias mais difíceis: Márcia, Vera Doen, sua irmã que tão gerosamente se colocou ao dispor, Monja Shoden, Monge Dengaku, Patrícia, minha irmã Margit, Carol, namorada de meu filho.

A todos que vieram me visitar, fazendo com que os meus dias ficassem mais interessantes.

Ao apoio financeiro e as orações de minha Mestra, Monja Coen.

Ao apoio e suporte da Sanga Zen Vale dos Sinos – que possamos prosseguir na prática, agora mais fortalecidos.

Minha gratidão!



Gasshô!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

SESSHIN EM MONTEVIDÉO


Sesshin em Montevidéo

12 e 13 de novembro

Monge Dengaku e Monja Shoden foram convidados a coordenar um sesshin no Uruguai. Essa sanga foi fundada por Moriyama Roshi. É bom rever velhos amigos de sanga onde nem o tempo e nem a distância conseguiram dissolver os fortes elos construídos . Também reafirma que somos afortunados por termos os Mestres e Mestra que temos , preparando novos professores para continuar ensinando o Darma, em benefícios de todos os seres.

Gate, gate, indo, indo...girando a roda do darma