sábado, 17 de dezembro de 2011

COMUNICADO

Prezados praticantes e simpatizantes do Zen Vale dos Sinos,

Comunicamos que estaremos em recesso de 18 de dezembro de 2011 até dia 12 de janeiro de 2012.
Retomamos a prática regular a partir do 13 de janeiro, com uma cerimônia de Kuyô - dedicando os méritos às pessoas falecidas, doentes, em dificuldades e sofrimento.
Desejando a todos e todas um Natal pleno de sentido e boas entradas no Ano Novo que se aproxima.
Gasshô

sábado, 10 de dezembro de 2011

ESTAMOS JUNTOS DE VOLTA PRA CASA.



Após 28 dias hospitalizada recebo alta nessa segunda-feira, dia 05 de dezembro. Dia 09 de novembro fui submetida uma cirurgia de revascularização, mais polular ponte de safena – foram 3. A evolução dos primeiros dias ía bem, apesar do quadro geral ser delicado, pelo tipo de cirurgia. Após alguns dias operada iniciei uma pneumonia, o que não é raro nesse tipo de procedimento. Já havia feito também uma anemia em que foram necessárias duas transfusões.

Muita dor nos cortes do peito e da perna, dor para tossir, dor nas costas e uma pequena escara, falta de ar e dependência do oxigênio. Fraqueza geral, eu completamente sem apetite. Vocês conseguem acreditar numa coisa dessa? Bem, nessa se foram 8 kg.

A cada semana que passava eu criava expectativas de voltar para casa. A alta dependia da minha evolução. Em meio a pneumonia também havia uma inflamação na “ferida operatória”, e até suspeita de mediastinite. Assim, após uma semana de antibiótico, concluiram que seriam necessário duas, depois tres semanas. E assim fui ficando, já sem expectativas, aceitando esse momento e disposta a vivê-lo plenamente. Interagia mais com toda a equipe de técnicos e enfermeiras, reconheci o valor do trabalho da Fisioterapia e curtia muito minhas visitas. Pequenos movimentos que eu recuperava eram valorizados. Nos primeiros dias após a cirurgia eu não conseguia apertar o sabonete ou o alcool gel, desses que ficam num suporte na parede. Banho, secar-me sózinha de jeito nenhum. Mas recebi o feedback que eu, apesar de estar vivendo um momento de vulnerabilidade e dependência, não sou uma paciente queixosa e demandante. Fiquei sabendo também que se deve dar atenção especial a este perfil, pois ele pode estar “afundando”, como dizem, sem nenhuma queixa, silenciosamente.


Mas enfim, cá estou, de volta pra casa.

Tenho alguns agradecimentos a fazer e faço questão desse registro.

Todas essas pessoas fizeram parte da rede que me sustentou e me embalou. Houve momentos de tensão e de preocupação com minha saúde física e com minha condição emocional. Quanto mais vulnerável, mais gente tinha na minha volta. Isto revela que essa rede se movia se contraindo ou expandindo, de acordo com a necessidade de sustentação.


Em primeiro lugar agradeço a minha filha, que me acompanhou 24 horas por dia durante toda a internação, deixando todos os seu interesses pessoais de lado. Ela é doutoranda de Medicina nesse hospital – São Lucas da PUC. Ela ocupou o lugar de filha, amorosa e cuidadosa, e também preservou o olhar da futura médica – atenta e responsável.

Ao meu filho Maurício que através dessa vivência, aprendeu e praticou expressar seus afetos, sobre o cuidado e sobre ser “eternamente responsável pelo que cativas...”

Ao médico que me operou, Dr. Goldani, pela sua experiência e sabedoria. Ao anestesista Dr. Paludo, por inspirar tanta confiança. À Irmã Elígia, pela plena atenção e dedicação

Ao Dr Guaranhas e sua equipe, Dr. Felipe, Dr. Wagner, tão sensível e amoroso e ao Dr. Thiago.

À Dra. Louise, pela sua prontidão.

A todos que doaram sangue num total de 19 pessoas, entre conhecidos e desconhecidos. Que generosos!

A todos da equipe da Enfermagem e técnicos de enfermagem , um lugar onde há muitos Bodisatvas disfarçados.

Ao pessoal da fisioterapia, que me tiravam da cama, principalmente Raquel.

Minha querida colega de quarto, Da Adyles, 75 anos. Na sua sabedoria dizia: “ O que é pra gente ninguém manda, vem!”

Aos meus queridos amigos que me cuidaram nos dias mais difíceis: Márcia, Vera Doen, sua irmã que tão gerosamente se colocou ao dispor, Monja Shoden, Monge Dengaku, Patrícia, minha irmã Margit, Carol, namorada de meu filho.

A todos que vieram me visitar, fazendo com que os meus dias ficassem mais interessantes.

Ao apoio financeiro e as orações de minha Mestra, Monja Coen.

Ao apoio e suporte da Sanga Zen Vale dos Sinos – que possamos prosseguir na prática, agora mais fortalecidos.

Minha gratidão!



Gasshô!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

SESSHIN EM MONTEVIDÉO


Sesshin em Montevidéo

12 e 13 de novembro

Monge Dengaku e Monja Shoden foram convidados a coordenar um sesshin no Uruguai. Essa sanga foi fundada por Moriyama Roshi. É bom rever velhos amigos de sanga onde nem o tempo e nem a distância conseguiram dissolver os fortes elos construídos . Também reafirma que somos afortunados por termos os Mestres e Mestra que temos , preparando novos professores para continuar ensinando o Darma, em benefícios de todos os seres.

Gate, gate, indo, indo...girando a roda do darma



sábado, 29 de outubro de 2011

OFICINA DE INTRODUÇÃO AO ZEN-BUDISMO


Zen Vale dos Sinos convida:

OFICINA DE INTRODUÇÃO AO ZEN-BUDISMO

Quando: DOMINGO - 30 de outubro

Horário: 17h

Onde : Rua São Pedro, 1124 - alto, São Leopoldo.

Esta oficina será ministrada por Monja Kokai, que estará falando sobre o Budismo fundante e o Zen-Budismo, ensinará a meditar e ficará disponível para perguntas. A oficina tem 1 hora e meia de duração e solicitamos uma contribuição de R$ 10,00.

Mais informações através do 9133-8990


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

MUTUCA


Estava em meu quarto conversando com uma mulher que me dizia encontrar-se em uma situação difícil, que pensava até em suicidar-se, quando entrou de repente uma mutuca. Tentando sair, a mutuca bateu violentamente contra a janela e caiu por terra, atordoada. Depois de um certo tempo, retomou o vôo e continuou a se bater repetidamente contra o mesmo ponto, tentando sempre sair.
Lembrei-me então do Mestre Zen Fugai e contei a ela a seguinte história:
Quando o Mestre morava em um templo quase em ruínas, em Osaka, recebeu a visita de um milionário que veio lhe falar de seus problemas. Nesse momento, uma mutuca entrou e começou a se bater contra a janela. O Mestre observava atentamente a mutuca, não parecendo prestar atenção às dificuldades do homem rico. Impaciente, o visitante falou com ironia: "Parece que o senhor gosta muitíssimo de mutucas. "
O Mestre Zen respondeu:
"Desculpe, sinto muito, mas estou com pena da mutuca. Este templo é conhecido por seu estado de ruínas, com buracos por todo lado. Embora esteja livre para sair voando por qualquer fresta, esta mutuca continua batendo a cabela sempre no mesmo lugar, como se fosse a única saída. Se continuar assim acabará morrendo. Mas não é só a mutuca que causa pena, não é?"

PARA UMA PESSOA BONITA - Contos de uma Mestra Zen
Shundo Aoyama Roshi

quinta-feira, 13 de outubro de 2011



O ego acredita que a nossa força reside em nossa resistência, quando, na verdade, a resistência nos separa do Ser, o único lugar de força verdadeira. A resistência é a fraqueza e o medo disfarçados de força. O que o ego vê como fraqueza é o Ser em sua pureza, inocência e poder. O que ele vê como força é fraqueza. Assim, o ego existe num modo contínuo de resistência e desempenha papéis falsos para encobrir a “fraqueza”, que, na verdade, é o nosso poder.

Até que haja a entrega, a representação inconsciente de determinados papéis se constitui em grande parte da interação humana. Na entrega, não mais precisamos das defesas do ego e das falsas máscaras. Passamos a ser muito simples, muito reais. “Isso é perigoso”, diz o ego, “Você vai se machucar. Vai ficar vulnerável.”

O ego não sabe, é claro, que somente quando deixamos de resistir, quando nos tornamos “vulneráveis”, é que podemos descobrir a nossa verdadeira e fundamental invulnerabilidade.

Sempre que acontecer uma desgraça ou alguma coisa de ruim na sua situação de vida – uma doença, a perda da casa, do patrimônio ou de uma posição social, o rompimento de um relacionamento amoroso, a morte ou o sofrimento por alguém, ou a proximidade da sua própria morte -, saiba que existe um outro lado e que você está a apenas um passo de distância de algo inacreditável: uma completa transformação alquímica da base de metal da dor e do sofrimento em ouro. Esse passo simples é chamado de entrega.

Quando a sua dor é profunda, tudo o que se disser a respeito vai, provavelmente, lhe parecer superficial e sem sentido. Quando o seu sofrimento é profundo, você provavelmente tem um grande anseio de escapar e de não se entregar a ele. Você não quer sentir o que está sentindo. O que pode ser mais normal? Mas não tem escapatória, nenhuma saída.

Existem algumas pseudo-saídas como o trabalho, a bebida, as drogas, o sexo, a raiva, as projeções, as abstenções, etc., mas elas não libertam você do sofrimento. O sofrimento não diminui de intensidade quando você o torna inconsciente. Quando você nega o sofrimento emocional, tudo o que você faz ou pensa fica contaminado por ele. Você o irradia, por assim dizer, como a energia que se desprende de você, e outros vão captá-lo subliminarmente.

Se essas pessoas estiverem inconscientes, podem até se ver compelidas a agredir ou machucar você de alguma forma, ou você pode machucá-las em uma projeção inconsciente do seu sofrimento. Você atrai e transmite aquilo que corresponde ao seu estado interior.

De quanto tempo você precisa para ser capaz de dizer: “Não vou mais criar dores, nem sofrimentos”? Quanto você ainda tem de sofrer antes de fazer essa escolha?

Se você pensa que precisa de mais tempo, você terá mais tempo – e mais sofrimento. O tempo e o sofrimento são inseparáveis.

Como a resistência é inseparável da mente, o abandono da resistência – a entrega – é o fim da atuação dominadora da mente, do impostor fingindo ser “você”, o falso deus. Todo o julgamento e toda a negatividade se dissolvem.

A região do Ser, que tinha sido encoberta pela mente, se abre.

De repente, surge uma grande serenidade dentro de você, uma imensa sensação de paz.

E, dentro dessa paz, existe uma grande alegria.

E, dentro dessa alegria, existe amor.


O Poder do Agora , Eckhardt Tolle.

domingo, 9 de outubro de 2011


"A lua
residindo em meio à
mente serena;
vagalhões penetram
na luz."

Este poema escrito por Dogen, intitulado "Sobre a prática do zazen", ilustra o aspecto dinâmico da concentração da serenidade. A luz do luar, que parece imóvel, bruxuleia sobre as ondas do oceano, que se quebram ruidosamente contra as rochas, rebentando em gotículas. Milhões de partículas de luz se estilhaçam , se espalham e se fundem. Para Dogen, a prática da meditação implica essa espécie de permeação mútua entre uma "luz" individual e a atividade de todas as coisas. Embora a prática de uma pessoa seja parte da prática de todos os seres despertos, cada prática individual é indispensável, pois atualiza e completa a atividade de todos como um buda.

Escritos do Mestre Dôgen - A Lua numa Gota de Orvalho.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Oh Shariputra, forma é vazio, vazio é forma...todos os fenômenos são vazio-forma, não nascidos, não mortos, não puros, não impuros, não perdidos , não encontrados...sem sofrimento, sem causa, sem extinção e sem caminho. Sem sabedoria e sem ganho. Sem nenhum ganho. Bodisatva. Devido a sabedoria completa. Coração-mente sem obstáculos. Sem obstáculos, logo sem medo. Distante de todas as delusões, isto é Nirvana!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

sábado, 1 de outubro de 2011

Monja lança livro sobre a culinária praticada nos mosteiros

FLÁVIA MANTOVANI
da Folha de S.Paulo

Danilo Verpa/Folha Imagem
A monja Gyoku En afirma em seu livro que cozinhar pode ser uma forma de meditação
A monja Gyoku En afirma em seu livro que cozinhar pode ser uma forma de meditação

A monja Gyoku En lança livro sobre a culinária "shôjin ryôri", praticada nos mosteiros zen-budistas, que prega concentração total, silêncio e organização e evita desperdício no preparo de alimentos

Quem já entrou numa cozinha no momento em que é preparada uma refeição para muita gente sabe que tem grande chance de encontrar uma cena próxima ao caos. Mas não se o que estiver sendo feito for algo da culinária "shôjin ryôri". Não importa se o banquete é para duas ou 50 pessoas: barulhos tradicionais como o de panelas batendo, gente correndo ou cozinheiros gritando dão lugar a silêncio e concentração.

É como se o ato de cozinhar ganhasse ares monásticos. E é disso que se trata: a "shôjin" é a culinária dos mosteiros zen-budistas e tema do livro "O Zen na Cozinha" (ed. Sustentar, 128 págs., R$ 30), recém-lançado pela monja Gyoku En -nome de batismo Magda-, 58.

Segundo ela, o silêncio e a concentração em cada tarefa podem transformar o ato de cozinhar numa forma de meditação. "Costumamos cozinhar batendo papo, com a TV ligada, mas, na culinária "shôjin", deve-se exercitar a plena atenção e deixar os pensamentos passarem. Podemos meditar no nosso dia-a-dia."

Apesar de vários de seus princípios estarem em voga -como a valorização de alimentos orgânicos, da época e da região e o reaproveitamento de talos e cascas-, a culinária "shôjin" é milenar: seus fundamentos foram escritos em 1237 por Mestre Dôgen, autor de "Shobogenzo" (do japonês, tesouro do olho da verdadeira lei), tratado sobre a prática nos mosteiros zen-budistas.

O trecho relativo à culinária "shôjin", chamado "Tenzô Kyokun" (instruções ao cozinheiro zen), traz ensinamentos sobre temas como a renovação dos menus de acordo com as estações, o cuidado diário com os objetos e a importância da limpeza e da organização.

Esses dois últimos princípios, aliás, são muito ressaltados. "As cozinhas dos mosteiros são simples, mas muito organizadas, limpas e eficientes. Cada coisa tem seu lugar. Quando o "tenzô" [monge cozinheiro] entra, nunca se perde e tem tranqüilidade para atuar", conta Gyoku En.

Cenário não tão diferente da cozinha da sua avó, em Minas Gerais, que traz suas mais remotas memórias culinárias. "Era simples, mas limpinha e organizada. Havia ali tanta tranqüilidade...", lembra.

Primeiros passos

Na juventude, o gosto por cozinhar não aflorou logo. "Gostava mesmo era de ler, namorar e passear." Universitária, passou a cozinhar para as colegas de apartamento e descobriu culinárias como a macrobiótica, a japonesa e a indígena.

Com a decisão de tornar a alimentação mais natural, Magda decidiu aprender a meditar, e foi assim que chegou ao zen-budismo. Praticante assídua, só decidiu se tornar monja tempos depois. Mesmo antes da ordenação, já cozinhava em mosteiros, nos retiros. "Eles sempre me davam algo para moer: milho, arroz. Era cansativo e eu era muito elétrica. Mas precisava treinar a atenção."

Em um mosteiro no Japão, Gyoku En ficou encantada com o requinte na apresentação das refeições. Os vários pratos são servidos em recipientes individuais. "Eles se preocupam com o ponto certo, cortam bonitinho, põem uma vagem em cima da outra, colocam um molhinho. E a cerâmica usada é maravilhosa. "Shôjin" é assim, bonita de ver", exemplifica.

Além da atenção para que a comida fique al dente, os cuidados incluem usar fogo brando e temperos sutis. "Cada alimento deve conservar seu próprio gosto. Essa história de mascarar sabores é desta civilização."

Prega-se, ainda, a moderação ao comer: segundo o livro, ao sair da mesa, o ideal é estar com 20% do estômago vazio.
Apesar de a "shôjin" não utilizar carne nem derivados animais, Gyoku En diz que alguns mosteiros abrem exceção para quem teve contato a vida toda com esses produtos e sente falta. "Gosto do vegetarianismo, mas não quero fazer uma apologia dele. Cada um sabe o que é melhor para si."

Além de frutas e verduras, o cozinheiro zen utiliza ingredientes como soja, brotos e algas marinhas. Não há pão, e o açúcar e o óleo vegetal entram em pequena quantidade.

Segundo Gyoku En, inspiração e criatividade conseguem transformar uma gama limitada de ingredientes em pratos requintados: opções como o arroz de gengibre, o sushi de cará e a salada de nabo com caqui maduro, receitas que estão no seu livro; ou o chocolate rústico que ela fez com açúcar mascavo e bagas de cacau doadas para um mosteiro; ou a pizza com massa de milho, molho de tomate da horta e queijo do leite da vaca criada por monges. "É uma culinária que nutre o corpo, a alma, o espírito", diz.

A monja é hoje diretora espiritual do Dojo Cazazen - Comunidade Zen Budista de Brasília. Foi depois de dar cursos de "shôjin" que decidiu escrever o livro. Segundo ela, seus princípios podem ser seguidos mesmo por quem não é zen-budista. "Basta querer. De repente, a a pessoa tem uma cozinha muito bagunçada e quer deixá-la mais organizada. Ou, se alguém quiser tentar a atenção plena, pode começar hoje mesmo."

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domingo, 25 de setembro de 2011

Cerimônias na Vila Zen - 10 de setembro de 2011



No dia 10 de setembro de 2011, na Vila Zen, houveram três Cerimônias: (1) de inauguração do Templo dos Sanitários (Toso) e benção da imagem protetora (Ususamamyo); (2) benção da pedra fundamental do Zendô (Sodo) e lançamento de suas obras e (3) Cerimônia de Jukai de Carlos Claro Tenmyo, Edilma Lima Tokoho e Ronaldo Leal Honen.





Cerimônia de inauguração do Templo dos Sanitários (Toso) e benção da imagem protetora Ususamamyo

Benção no lançamento da pedra fundamental da construção do Zendô (Sodo)






domingo, 18 de setembro de 2011

sábado, 17 de setembro de 2011


"No Zen, o unio significa a volta ao lar, o restabelecimento de um estado primitivo, embora perdido.
O homem se sente, e vive, como um eu separado. O egocentrismo o leva ao egoismo, à autoafirmação e ao endurecimento do coração, limitando exageradamente tudo o que se refere ao não-eu. Ele se sente e se situa no Centro, se não conscientemente, pelo menos inconscientemente.
(...) O perigo especial consiste no fato de o homem, ingenuamente, não saber disso, e, se lhe explicarmos, não o poder entender. O desfiguramento da existência está relacionado com o seu egocentrismo. Seu olhar está perturbado.(...)

Sobre isso, o Budismo não prega. Seriam apenas palavras. O Budismo espera por aqueles que se sentem constrangidos e incertos, impulsionados por uma secreta saudade."

O Caminho Zen, Eugen Herrigel.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011


Joji-San compartilhando seu talento para música, a letra que fala sobre a prática em sanga de maneira leve e descontraída. Momento de alegria e confraternização. Obrigada por esse momento!
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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mata verde
água no regato
cisnes, pássaros, humanos
vida nutrindo vida
o darma manifesto.

terça-feira, 30 de agosto de 2011




SHUSSO HOSSENSHIKI - CERIMÔNIA COMBATE DO DARMA DE MONGE DENGAKU


Dia 27 de agosto de 2011, em Itapecerica da Serra-SP, aconteceu a cerimônia Combate do Darma de Monge Dengaku, que marca a passagem dele de noviço para sussho( monge líder dos noviços).
Esta cerimônia foi oficiada pelo abade do Templo Enkôji, Rev. Ôhata. Nesse dia também aconteceram cerimônias comemorando os 10 anos desse templo, assim como aos Fundadores do Enkôji. Estiveram presentes professores representantes dos principais mosteiros do Japão , assim como o Abade do Templo Busshinji , Dôshô Saikawa Roshi. O encontro encerrou com um almoço de confraternização.

O grupo de praticantes que foi para São Paulo participar da cerimônia.




quarta-feira, 17 de agosto de 2011


" Cada sofrimento é uma semente de buda, devido ao sofrimento impelir os mortais a buscar a sabedoria. Mas você apenas pode dizer que o sofrimento gera a buditude. Você não pode dizer que sofrimento é buditude. Seu corpo e mente são o solo. O sofrimento é a semente, a sabedoria é o broto e a buditude o fruto."
( O Sermão do Despertar - Bodidarma)

domingo, 14 de agosto de 2011

08 a 10 de setembro - VINDA DE COEN SENSEI AO VIA ZEN E VILA ZEN.



VINDA DE COEN SENSEI DE 08 A 11 DE SETEMBRO.
  • 08/09, 5ªf, palestra do Darma
  • 09/09, 6ªf, iremos para a Vila Zen.
  • 10/09, Sábado, será um dia de festa. Pela manhã teremos a benção do primeiro prédio do nosso Centro Zen (chamado Tôsu ou Templo dos sanitários). Logo após teremos a benção da pedra fundamental do prédio do Zendô, obra que se inicia a partir da visita da Sensei. A programação da tarde e demais detalhes avisaremos mais perto da data.
Então anotem ai:
08 a 10 de setembro a Sensei estará no Via Zen e Vila Zen.


sábado, 13 de agosto de 2011

Após um sábado "suado", com o plantio de 70 mudas de árvores, o domingo foi de pura confraternização.
A sanga celebrou o aniversário de Lígia Daikan e Gustavo Denshin.
O evento foi marcado por alegria , com a presença de amigos, familiares e da sanga(comunidade budista)





terça-feira, 9 de agosto de 2011


Imagens do plantio de 7o mudas de árvores nativas plantadas no sábado passado, 06/08, nas terras na Vila Zen-Viamão.








quarta-feira, 3 de agosto de 2011

domingo, 24 de julho de 2011

MUDANÇAS NA PROGRAMAÇÃO - NOVOS HORÁRIOS


HORÁRIO DE MEDITAÇÃO SENTADA - ZAZEN e demais práticas.

QUARTA-FEIRA: 7h30
TCHOKA-Cerimônia da manhã: 8h

QUINTA-FEIRA: 19H
Cerimônia de Kuyô: 19h30
Cerimônia dedicada às pessoas doentes, falecidas ou necessitadas.

DOMINGO: 19h
Estudo : 19h30

.
Cerimônia de Kuyô:

Cerimônia para pessoas doentes ou em sofrimento e falecidas. Caso deseje dedicar a cerimônia para alguém, envie os nomes para nosso email, especificando se a pessoa é viva ou falecida.

Frequência: Toda quinta feira, após o zazen das 19h.

PROGRAMAÇÃO DO DOMINGO:

17 h: Introdução ao Zen Budismo e zazen para iniciantes.
Contribuição: R$ 10,00
AGENDAMENTO PELO 9133-8990


Conversando com a monja: Aos domingos, às 16h30, sob agendamento.













sábado, 23 de julho de 2011

BUDAS NÃO SALVAM BUDAS


No retiro de treinamento ocorrido entre dias 1º e dia 10 em São Paulo, no Templo Tenzuizenji, tínhamos aulas pela manhã e à tarde. O tema era Bodidharma e seus ensinamentos:

" Budas não salvam Budas. Se você utilizar sua mente para procurar um buda, você não verá o buda. Uma vez que você procure por um buda alhures. você nunca verá que sua própria mente é o buda. Não use um buda para adorar um buda. E não use sua mente para invocar um buda. Budas não recitam sutras. Budas não mantém preceitos. E Budas não quebram preceitos. Budas não mantém ou quebram coisa alguma. Budas não fazem bem ou mal.
Para encontrar um Buda você tem que ver sua própria natureza. Quem que vê sua própria natureza é um Buda. Se você não vê sua natureza, invocar budas, recitar sutras, fazer oferendas e manter preceitos é inútil. Invocar budas resulta em um bom carma, recitar sutras resulta em boa memória, manter preceitos resulta em um bom renascimento e fazer oferendas resulta em futuras bençãos - mas não em budas. "
O Sermão do Ciclo da Vida - Bodidharma.

Coen Sensei nos relata uma passagem de seu treinamento monástico, no mosteiro feminino de Nagóia, com sua mestra Shundo Aoyama Roshi.
Sensei nos conta que ela era muito disciplinada e diligente com a prática. Quando presenciava alguma monja "fazendo corpo mole" ou não seguindo a risca os preceitos ou a rotina do mosteiro, ela ia até a Mestra lhe cobrando uma atitude. Certa vez a mestra lhe disse:
- Derreta o gelo.
- Então a senhora derreta o meu gelo, disse a monja Coen para sua mestra.
- EU NÃO. É O DARMA DE BUDA QUE DERRETE O GELO. Foi a resposta da mestra.

Fica mais fácil compreender o que nos dizia Bodidharma sobre Budas não salvam Budas.
Também nos coloca frente à nossa total responsabilidade por nossa vida e o que fazemos com ela.

" Vida e morte são de suprema importância.
Tempo rapidamente se esvai e oportunidade se perde.
Cada um de nós deve esforçar-se por despertar.
Cuidado! Não disperdice esta vida."
Verso ao final do último zazen da noite.




quarta-feira, 20 de julho de 2011

ORDENAÇÃO EPISCOPAL





No dia 09 de julho, acompanhamos Sensei Coen à Ordenação Episcopal de Dom Julio Endi Akamine, filho de imigrantes japoneses. Realizada na Catedral Nossa Senhora da Assunção, na Praça da Sé, a cerimônia teve como Ordenante Principal Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer. Catedral lotada, coral e orquestra entoando cantos em latim, lindíssimo, 3 horas de cerimônia. Certo momento está com a palavra Dom Julio falando sobre sua trajetória no sacerdócio. Em meio a sua fala ele compartilha uma orientação que sua mãe lhe deu nas semanas que antecederam a cerimônia de ordenação. Disse ela: "Meu filho, cuidado! Quanto maia alto subires na árvore, mais fracos ficam os galhos e mais forte bate o vento."
Sabedoria oriental?

quarta-feira, 29 de junho de 2011

COMUNICADO

COMUNICAMOS QUE NÃO HAVERÁ INTRODUÇÃO AO ZEN-BUDISMO E ZAZEN(MEDITAÇÃO) PARA INICIANTES NESTES DOIS PRÓXIMOS DOMINGOS - DIAS 03 E 10 DE JULHO ÀS 17H.
AS DEMAIS ATIVIDADES PROSSEGUEM NORMALMENTE.

CAMPANHA DO AGASALHO


ESTAMOS ARRECADANDO ROUPAS, MEIAS E CALÇADOS FECHADOS PARA AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO COLÉGIO SANTA MARTA, NO BAIRRO ARROIO DA MANTEIGA.
O INVERNO ESTÁ RIGOROSO E ESTA AJUDA PODE FAZER ALGUMA DIFERENÇA!

As entregas podem ser feitas no Zen Vale dos Sinos,Rua São Pedro, 1124-alto ou podemos buscar as doações conforme combinado.

Gasshô

sexta-feira, 24 de junho de 2011


" A iluminação não é algo que se atinge. É ausência de alguma coisa. A vida inteira a pessoa vai atrás de algo, perseguindo suas metas. A iluminação está em deixar tudo isso de lado. Entretanto, falar sobre ela não adianta muito. A prática precisa ser executada por cada um. Não há o que a substitua. Podemos ler a seu respeito durante mil anos e não adiantará de nada pra nós. É preciso que todos nós pratiquemos, e temos de fazer com todo nosso empenho pelo resto da vida. "

Charlotte Joko Beck
Mestra Zen, falecida no dia 15 de junho de 2011, aos 94 anos de idade.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Há 10 anos quando comecei a prática do zen, o impacto que o meu primeiro Mestre Moriyama e Monja Zuiten me causaram foi enorme. Por muito tempo eu os idealizei. Como já disse um dia, foram alvo das minhas melhores projeções. Os tinha como semi-deuses e não me ocorria que pudessem adoecer como qualquer outra pessoa. Pareciam imortais. Com a convivência, a confiança, o respeito e o aprendizado, foram se convertendo em gratidão. Foram as adversidades da vida, que não poupam ninguém, nem mesmo nossos mestres, que fizeram que eu os trouxesse para o reino dos humanos. Assim, consegui levar esta vivência para a próxima experiência com minha mestra, Monja Coen e me sentir mais próxima, mais real.
Hoje Mestra Joko Beck faz seu passamento, aos 94 anos de idade. Não a conheci pessoalmente mas aprendi muito com ela, lendo seus livros. Iluminada.
A lua brilha no céu.
Gate, gate
Paragate
Parasamgate
Bodhi-svaha

quarta-feira, 15 de junho de 2011


ZEN VALE DOS SINOS informa novo horário de zazen(meditação sentada)
QUANDO: Todas as quartas-feiras
HORÁRIO: 7h45 às 8h15
MONITOR: Sílvio Shuin

Aproveitamos e lembramos as demais atividades fixas:
Zazen
Sextas-feiras: 19h
Domingos: 19
Introdução ao Zen-Budismo e zazen para iniciantes: Domingos, às 17h

Gasshô