quinta-feira, 28 de maio de 2015

SE ESSA RUA,  SE ESSA RUA FOSSE MINHA...
Parte I

                        Tenho resignificado meus valores a respeito de progresso e prosperidade alinhado com a economia, PIB, esses conceitos. Decidi abrir mão do meu carro, talvez por um tempo, talvez pra sempre, não sei. Mas está sendo uma experiência muito interessante ver e viver a cidade a partir de uma perspectiva mais horizontal, a pé, ou da janela de um ônibus. É uma delícia caminhar a tardinha no verão ou no sol, no outono e inverno. Cruzar com as pessoas, cada uma com seu ritmo e destino.
            Mas nem sempre é agradável caminhar em São Leopoldo, cidade onde moro. Como toda a cidade no Brasil, tem sido pouco pensada e planejada para pedestres, ciclistas...os novos tempos pedem novos projetos. As calçadas são ruins e perigosas, principalmente quando já não se é jovem, as ruas e jardins estão sujas e mal cuidadas e, atravessar algumas ruas e avenidas é um desafio. Sobram pardais e faltam sinaleiras para pedestre. As poucas que tem são mal utilizadas. Por exemplo, na Avenida Feitoria, perto de um supermercado, tem uma que, tanto os motoristas quanto os pedestres não a respeitam e hoje ela é só um faz de conta. Por quê? Porque a pessoa chega na sinaleira e aperta o botão, olha para os lados e quando não vem carro, atravessa. Quando abre para o pedestre, este já atravessou( porque chega a levar até três minutos para o sinal abrir para o pedestre) e aí o motorista fica parado sem que nenhum cidadão atravesse a rua. Agora não dá pra confiar na sinaleira, pois não pára carro e não pára pedestre.  Sugestão: Deslocar agentes de trânsito para promover uma campanha de sensibilização para o uso adequado de  sinaleira para pedestre e colocar outras em pontos de muito tráfego de veículos, facilitando a vida dos pedestres. Onde? Que tal começando pela Av. João Correa, nos  bombeiros e outra  na altura do Macdonalds?

           

           Vamos humanizar a nossa cidade facilitando a vida de todos os seres que a habitam?

domingo, 24 de maio de 2015

SEM DESTINO
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                                                                Heródoto Barbeiro

                                               Está em curso mais um genocídio no mundo. As vítimas são os rohingyas. Eles são considerados os povos mais perseguidos do mundo, segundo a ONU. Uma minoria sem amigos e sem terra. A última violência que sofreram foi a expulsão das terras que ocupavam no sul do Mianmar, onde estavam confinados no estado de Rakhine, sem qualquer tipo de assistência, nem mesmo humanitária. São considerados apátridas, invasores, indesejáveis, verdadeiros párias, ou inexistentes, pelos governos das regiões. Sem ter para onde ir lançam-se no mar em embarcações precárias e são vítimas de traficantes de escravos. São uma minoria muçulmana de 800 mil pessoas e isso é mais um motivo para a perseguição. Para Mianmar são imigrantes clandestinos que vieram de Bangladesh e não tem permanência legal no pais. Os botes apinhados de rohingyas, sem água, sem comida, são empurrados da Tailândia  para a Malásia, de lá para a Indonésia, de volta a Mianmar, enfim, uma perseguição que não se justifica. Os sobreviventes do mar são confinados em campos de refugiados.

                                   O fato do rohingas não pertencerem a maioria budista de Mianmar não justifica a violência contra eles. O governo local é herdeiro de uma ditadura sanguinária de militares que dominou o país durante 40 anos.Sob o pretexto de implantar um estado igualitário comunista, de inspiração soviética, praticaram toda sorte de violência contra a população e os que se insurgiam contra a falta de liberdade. A repressão era  violenta, com muitas mortes nas ruas da capital Yangoon, antiga Ramgoon, da época da colonização britânica. Só recentemente o país recuperou a liberdade de imprensa e de formar partidos de oposição, ainda assim com a vigilância dos militares herdeiros do poder. Para atrair turistas Mianmar, que tem tesouros incontáveis especialmente no norte, em Bagan, onde estive, se abriu ao mundo. Agora é preciso que a ONU sai em defesa dessa minoria cuja vida depende das rústicas embarcações que vagam no Índico e no Pacífico, ao sabor do destino e sem amparo de quem quer que seja.

                                   Não se justifica uma religião perseguir povos de outras crenças. Isto se contrapõe ao cerne de todas elas que é a tolerância. Mais grave ainda por se tratar de budistas perseguidores. Vai de encontro aos ensinamentos do próprio Sidarta, o Buda, que ensinou durante 40 anos que ninguém tem o direito de interferir na crença alheia, nos caminhos que cada um escolheu para a sua espiritualidade, seja ela islâmica,cristã, judia, animista ou qualquer outra. Ser budista é ser tolerante acima de tudo e tratar as agruras dos outros com compaixão. Não é isso que acontece em Mianmar, há intolerância, violência, mortes em nome de se expulsar uma minoria. O Buda e seus seguidores eram uma minoria na Índia quando fundaram o budismo. Foram perseguidos e por isso a religião se espraiou para o sudeste asiático, onde está Mianmar. Salvar os rohingas é um dever de todos, da humanidade. E os budistas como eu, espalhados pelo mundo, temos o dever moral de denunciar a violência como um crime contra a humanidade, contra os ensinamentos deixados pelo Buda. É um genocídio que não pode continuar. Não se pode esperar para denunciar como se fez na guerra que ninguém acreditou que os nazistas massacravam judeus, ciganos e outras minorias na sua sanha de construir a superioridade do que chamavam de raça ariana.

                                              

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sábado, 23 de maio de 2015

quinta-feira, 21 de maio de 2015

APENAS SENTAR

Atendendo a muito pedidos, abrimos para a comunidade mais uma possibilidade, quando teremos meditação sem caráter religioso, orientado por praticantes leigos do Zen-Budismo,

Estão todos convidados!