quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

AVISO DE RECESSO


Prezados praticantes e apreciadores do Zen

Comunicamos que estaremos em recesso do dia 23 de dezembro até o dia 08 de janeiro de 2016, quando retornamos com nossa programação regular.

Aproveitamos o ensejo para desejar que os preceitos cristãos sejam realizados e que tenhamos um ano novo com mais amor, solidariedade, compartilhamento e prosperidade para todos.

Amém e gasshô!

domingo, 6 de dezembro de 2015


O BUDA QUE NASCE DA LAMA
O 08 de  dezembro é celebrado como o dia da Iluminação do Buda, de acordo com o calendário budista. Há cerca de 2.500 atrás, um jovem príncipe chamado Sidarta Gautama decide romper com a vida nos palácios e unir-se aos  monges ascetas em busca de respostas aos seus questionamentos acerca da vida e da morte e o porquê de tanto sofrimento. De maneira dócil,  mas decidido, ele transgride  a autoridade paterna, deixa mulher e filho e lança-se na busca . Sai do extremo de uma realidade para o extremo de outra, do conforto dos palácios para a vida de monge mendicante, um asceta na  floresta, vivendo ao relento e com muitas privações. Após 6 anos vivendo  no limite, relativiza e  decide por um caminho intermediário. Decide permanecer em meditação,  sentado em lótus completa, embaixo de uma árvore fícus religiosa, até atingir a iluminação.  Após 7 dias e noites, no despertar do 8º dia atinge o completo despertar, acessando um nível tão profundo de consciência que nossa mente comum não consegue imaginar.
Todos os mosteiros, templos e centros de prática no mundo celebram essa data em retiro, geralmente do dia 1º de dezembro até o raiar do dia 08. Nossa comunidade costuma celebrar essa data com um retiro de um dia, chamado zazenkai. Quando iniciei a preparação do material de divulgação me ocorreu colocar uma flor de lótus, que simbolicamente significa a capacidade que temos para encontrar nossa natureza original, nossa capacidade búdica, nossa capacidade para sair da ignorância e adentrar a mente desperta, mesmo em meio ao sofrimento, tal qual a flor de lótus, que nasce na lama, da lama, sem ser maculada por ela. Nasce pura e bela, tal qual o Buda, que após ser arrebato pelo sofrimento, o supera através da suprema e perfeita sabedoria.
Em meio a confecção desse material, acontece a tragédia de Mariana, os ataques terroristas em Paris, a execução pela polícia  dos cinco jovens no RJ, a decisão  do governador de SP de fechar escolas, e por último a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma, um golpe na democracia e na soberania popular.  Ou seja, é  lama pra todo lado.
Samsara e nirvana, paraíso e inferno, o bem e o mal, Mara e Buda , diabo e anjos...não são entidades separadas. Estão interagindo o tempo todo como entidade única que opera em cada um de nós e na sociedade como um todo. Muitas vezes estamos imersos no sofrimento e é  necessário fazer contato, sentir nossas dores, sentir as dores do outro, da sociedade como um todo. Como fizeram as meninas e os meninos, estudantes de São Paulo, emergiram feito pequenos Budas em meio ao caos. É através desse sentir que vivenciamos a compaixão – com paixão, contato fecundo entre mente, corpo e coração. Ouvir e sentir as dores e lamentos do mundo, e quem sabe assim nosso Buda interior se manifeste. Em benefício de nós mesmos e de todos os seres.

Gasshô


quarta-feira, 11 de novembro de 2015


Na tradição Zen Budista, dia 08 de dezembro é o dia da Iluminação de Shakyamuni Buda, quando ele passa a ser o Desperto, O Ser Iluminado, um Buda. Após 7 dias e 7 noites na postura de lótus , ele atinge o completo despertar no amanhecer do 8º dia e diz: "Eu, a grande Terra e todos os seres, simultâneamente, nos tornamos o Caminho Iluminado!"

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

sexta-feira, 18 de setembro de 2015


 PROGRAMAÇÃO DO ZEN VALE DOS SINOS

QUINTA-FEIRA: MEDITAÇÃO sem vínculo religioso, aberta a todos interessados. Apenas sentar.

SÁBADO
8h      Zazen 30 minutos
8h30  Cerimônia da manhã - Tchôka
(Nome de pessoas em sofrimento e dificuldades, assim como falecidos serão lembrados na procissão dos altares, depois da Tchôka)
Após a cerimônia da manhã haverá Samu para quem puder participar. 

DOMINGO
17h    Introdução ao Zen Budismo
19h    Zazen 40 minutos, seguido de recitação de sutra. No último domingo de cada mês, haverá a cerimônia de Kuyô, dedicada às pessoas falecidas e em sofrimento.


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

SE ESSA, SE ESSA RUA FOSSE MINHA...
Parte II

            Tenho resignificado meus valores a respeito de progresso e prosperidade alinhado com a economia, PIB, esses conceitos. Decidi abrir mão do meu carro, talvez por um tempo, talvez pra sempre, não sei. Mas está sendo uma experiência muito interessante ver e viver a cidade a partir de uma perspectiva mais horizontal, a pé, ou da janela de um ônibus. É uma delícia caminhar a tardinha no verão,  ou no sol no outono e inverno. Cruzar com as pessoas, cada uma com seu ritmo e destino.
            Mas nem sempre é agradável caminhar em São Leopoldo, cidade onde moro. Como a maioria das  cidades no Brasil, a minha tem sido pouco pensada e planejada para pedestres, ciclistas...os novos tempos pedem novos projetos. As calçadas são ruins e perigosas, principalmente quando já não se é jovem, as ruas e jardins estão sujas e mal cuidadas e, atravessar algumas ruas e avenidas é um desafio. Sobram pardais e faltam sinaleiras para pedestre.
            Fiz questão de iniciar essa crônica(parte II) com a mesma introdução, mas somente para inserir o tema principal, que deve ser nosso objeto de reflexão.
            Da perspectiva Budista,  somos a vida na terra –  esse “somos” incluiu todas as formas de vida, inclusive a própria terra e todos os seres, animais, humanos, minerais e vegetais, pra não dizer todo o universo e multiverso. Tudo é vida em manifestação – então, quando cortamos uma árvore na raiz, estamos violando a vida, na raiz. Caminhar pelas calçadas de  São Leopoldo me fez perceber o quanto se corta de árvores na cidade, pois não há nem o pudor de disfarçar.
            O fato mais recente, que disparou essa crônica,  foi quando vinha para meu trabalho e na esquina da Lindolfo Collor com a São João, a moradora do prédio, varrendo a calçada ,  muito feliz , dizia em alto e bom tom “ finalmente, só pedi pra podar e a prefeitura veio e cortou a árvore toda.”
           
            Como assim? Está tão fácil assim cortar árvores em São Leopoldo?
            Foi assim com a figueira na rótula do Rio Branco?
             O que é uma figueira perto de uma agência do Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco? Nada. Mas é vida. Até onde eu sei, a figueira é uma das quatro  árvores sob a  proteção dos órgãos ambientais.
            Foi assim com a  enorme árvore que tinha em frente ao Colégio Gusmão?
            E com tantas outras que ficaram fora do alcance do olhar da minha câmera, pois o caminho que percorro entre minha casa e o trabalho é somente uma amostra.
            Dizem que cada árvore que é cortada deve ser substituída por não sei quantas outras...gostaria de saber onde fica esta floresta!
            O comércio é o inimigo número 1 : Abriu um comércio, o proprietário trata de garantir que a fachada fique visível, como se isso fosse garantia de sucesso. A primeira atitude é arrancar/cortar alguma árvore que possa estar no caminho...do sucesso? Mas quando é verão as pouquíssimas árvores são disputadas para estacionar os carros.
O que resta das árvores são suas raízes expostas, expondo também a nossa ignorância. Será que com a quantidade de informação e tecnologia que temos hoje ainda precisamos travar uma batalha com a natureza,  a vendo como inimiga que tem que ser dominada? Este pensamente era aceitável no tempo das cavernas mas não hoje. Não o foi nem na época da revolução industrial. Não seria mais elegante e responsável  fazer com àquela bela figueira fizesse parte do cenário do novo prédio? Quem sabe um grande terraço tendo-a como cobertura. Incluí-la no projeto ao invés de excluí-la impiedosamente. Os imóveis que mais valorizaram em POA são justamente àqueles que tem árvores nas ruas, inclusive a rua eleita a mais bonita do mundo.
Quando foi que perdemos nossa capacidade de nos surpreender  , de nos escandalizar , de nos chocar, de nos apiedar ? Essa semana aconteceram fatos que revelaram o quanto ainda temos que evoluir em nossa humanização. Nascer humano não garante humanidade. A morte do leão Cecil, o trem em Madureira que passou por cima do homem que havia sido atropelado...que vergonha! Que vergonha! Pra não falar da Amazônia. Conseguimos terminar com a pororoca! Mas essas são capa de manchete. É mais fácil apontar o que está longe. Mas a mentalidade, à serviço do capital e não da vida é a mesma para ambas as situações. O que dizer sobre as fotos? Não parecem cadáveres que necessitam ser sepultados, com respeito? Quantas vezes deixamos de ver o que está tão perto de nós? Como se diz, na ponta do nariz, ou pior, tropeçamos e não vemos. Tão perto que não enxergamos. Acordar para esta realidade significa  resgatar nossa própria natureza, pois não há vida mais ou menos importante. Enquanto não houver  compreensão que nada é separado, que há uma teia em que intersomos, não deixaremos somente raízes expostas mas também nossa incapacidade em viver em harmonia na casa que é de todos. E o que parece força é somente fragilidade.

            


 Neste lugar havia uma linda figueira.


















domingo, 12 de julho de 2015

CERIMÔNIA HOSSEN SHIKI - DARMA COMBATE

No dia 04 de julho de 2015, em Mogi das Cruzes, SP, aconteceu meu Darma Combate, após um período de intença preparação. Foi no Templo Zengenji, oficiada pelo abade Sato Koshu Sensei, também com as presenças auspiciosas de minha mestra Monja Coen Roshi e do Superintendente para América Latina, Saikawa Roshi. A presença da comunidade budista se fez presente para prestigiar esse momento importante,  onde são feitas perguntas à aspirante ao cargo de Shussô(líder dos monges/monjas), a respeito do Darma, onde então é avaliado o grau de compreensão assim como outros aspectos que são levados em consideração, como postura, procedimentos, presença em corpo e em coração.
Agradeço a todos que participaram direta ou indiretamente desse acontecimento participando dos preparativos, dos treinamentos, as doações, os presentes, as mensagens de congratulações, tudo muito carinhoso. Esse foi um ato criativo grupal,  acima de tudo.
Estamos todos de congratulações, grandes congratulações.

Gasshô





 Procissão de entrada para início da cerimônia.
 Cumprimento ao abade.
 Após recitação do caso principal, doutrina do Vazio de Bodidharma.
 Reverências à Sensei.

 Recebendo a espada da sabedoria - Para dar e tirar vida livremente.

 Respondendo  perguntas sobre o Darma.
 Devolvendo a espada - Shipei
 Cumprimento de agradecimento ao Abade.
 Foto oficial.
 Com meus filhos .
Com meus alunos.

Gasshô


"Que os méritos dessa prática se estendam a todos os seres e que todos possam se tornar o caminho iluminado".

terça-feira, 30 de junho de 2015

AVISO

Comunicamos que durante essa semana  não haverá nenhuma atividade  no Zen Vale dos Sinos.
Estaremos em treinamento em São Paulo.
Retornamos com programação normal no dia 09 de julho.

Gasshô

quinta-feira, 28 de maio de 2015

SE ESSA RUA,  SE ESSA RUA FOSSE MINHA...
Parte I

                        Tenho resignificado meus valores a respeito de progresso e prosperidade alinhado com a economia, PIB, esses conceitos. Decidi abrir mão do meu carro, talvez por um tempo, talvez pra sempre, não sei. Mas está sendo uma experiência muito interessante ver e viver a cidade a partir de uma perspectiva mais horizontal, a pé, ou da janela de um ônibus. É uma delícia caminhar a tardinha no verão ou no sol, no outono e inverno. Cruzar com as pessoas, cada uma com seu ritmo e destino.
            Mas nem sempre é agradável caminhar em São Leopoldo, cidade onde moro. Como toda a cidade no Brasil, tem sido pouco pensada e planejada para pedestres, ciclistas...os novos tempos pedem novos projetos. As calçadas são ruins e perigosas, principalmente quando já não se é jovem, as ruas e jardins estão sujas e mal cuidadas e, atravessar algumas ruas e avenidas é um desafio. Sobram pardais e faltam sinaleiras para pedestre. As poucas que tem são mal utilizadas. Por exemplo, na Avenida Feitoria, perto de um supermercado, tem uma que, tanto os motoristas quanto os pedestres não a respeitam e hoje ela é só um faz de conta. Por quê? Porque a pessoa chega na sinaleira e aperta o botão, olha para os lados e quando não vem carro, atravessa. Quando abre para o pedestre, este já atravessou( porque chega a levar até três minutos para o sinal abrir para o pedestre) e aí o motorista fica parado sem que nenhum cidadão atravesse a rua. Agora não dá pra confiar na sinaleira, pois não pára carro e não pára pedestre.  Sugestão: Deslocar agentes de trânsito para promover uma campanha de sensibilização para o uso adequado de  sinaleira para pedestre e colocar outras em pontos de muito tráfego de veículos, facilitando a vida dos pedestres. Onde? Que tal começando pela Av. João Correa, nos  bombeiros e outra  na altura do Macdonalds?

           

           Vamos humanizar a nossa cidade facilitando a vida de todos os seres que a habitam?

domingo, 24 de maio de 2015

SEM DESTINO
                                               ___________
                                                                Heródoto Barbeiro

                                               Está em curso mais um genocídio no mundo. As vítimas são os rohingyas. Eles são considerados os povos mais perseguidos do mundo, segundo a ONU. Uma minoria sem amigos e sem terra. A última violência que sofreram foi a expulsão das terras que ocupavam no sul do Mianmar, onde estavam confinados no estado de Rakhine, sem qualquer tipo de assistência, nem mesmo humanitária. São considerados apátridas, invasores, indesejáveis, verdadeiros párias, ou inexistentes, pelos governos das regiões. Sem ter para onde ir lançam-se no mar em embarcações precárias e são vítimas de traficantes de escravos. São uma minoria muçulmana de 800 mil pessoas e isso é mais um motivo para a perseguição. Para Mianmar são imigrantes clandestinos que vieram de Bangladesh e não tem permanência legal no pais. Os botes apinhados de rohingyas, sem água, sem comida, são empurrados da Tailândia  para a Malásia, de lá para a Indonésia, de volta a Mianmar, enfim, uma perseguição que não se justifica. Os sobreviventes do mar são confinados em campos de refugiados.

                                   O fato do rohingas não pertencerem a maioria budista de Mianmar não justifica a violência contra eles. O governo local é herdeiro de uma ditadura sanguinária de militares que dominou o país durante 40 anos.Sob o pretexto de implantar um estado igualitário comunista, de inspiração soviética, praticaram toda sorte de violência contra a população e os que se insurgiam contra a falta de liberdade. A repressão era  violenta, com muitas mortes nas ruas da capital Yangoon, antiga Ramgoon, da época da colonização britânica. Só recentemente o país recuperou a liberdade de imprensa e de formar partidos de oposição, ainda assim com a vigilância dos militares herdeiros do poder. Para atrair turistas Mianmar, que tem tesouros incontáveis especialmente no norte, em Bagan, onde estive, se abriu ao mundo. Agora é preciso que a ONU sai em defesa dessa minoria cuja vida depende das rústicas embarcações que vagam no Índico e no Pacífico, ao sabor do destino e sem amparo de quem quer que seja.

                                   Não se justifica uma religião perseguir povos de outras crenças. Isto se contrapõe ao cerne de todas elas que é a tolerância. Mais grave ainda por se tratar de budistas perseguidores. Vai de encontro aos ensinamentos do próprio Sidarta, o Buda, que ensinou durante 40 anos que ninguém tem o direito de interferir na crença alheia, nos caminhos que cada um escolheu para a sua espiritualidade, seja ela islâmica,cristã, judia, animista ou qualquer outra. Ser budista é ser tolerante acima de tudo e tratar as agruras dos outros com compaixão. Não é isso que acontece em Mianmar, há intolerância, violência, mortes em nome de se expulsar uma minoria. O Buda e seus seguidores eram uma minoria na Índia quando fundaram o budismo. Foram perseguidos e por isso a religião se espraiou para o sudeste asiático, onde está Mianmar. Salvar os rohingas é um dever de todos, da humanidade. E os budistas como eu, espalhados pelo mundo, temos o dever moral de denunciar a violência como um crime contra a humanidade, contra os ensinamentos deixados pelo Buda. É um genocídio que não pode continuar. Não se pode esperar para denunciar como se fez na guerra que ninguém acreditou que os nazistas massacravam judeus, ciganos e outras minorias na sua sanha de construir a superioridade do que chamavam de raça ariana.

                                              

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sábado, 23 de maio de 2015

quinta-feira, 21 de maio de 2015

APENAS SENTAR

Atendendo a muito pedidos, abrimos para a comunidade mais uma possibilidade, quando teremos meditação sem caráter religioso, orientado por praticantes leigos do Zen-Budismo,

Estão todos convidados!




domingo, 19 de abril de 2015

HANAMATSURI - FESTA DAS FLORES

Realizada no dia 12 de abril, nossa 1a edição do Hanamatsuri, festa tradicional japonesa, em homenagem ao nascimento do Buda.