domingo, 9 de outubro de 2011


"A lua
residindo em meio à
mente serena;
vagalhões penetram
na luz."

Este poema escrito por Dogen, intitulado "Sobre a prática do zazen", ilustra o aspecto dinâmico da concentração da serenidade. A luz do luar, que parece imóvel, bruxuleia sobre as ondas do oceano, que se quebram ruidosamente contra as rochas, rebentando em gotículas. Milhões de partículas de luz se estilhaçam , se espalham e se fundem. Para Dogen, a prática da meditação implica essa espécie de permeação mútua entre uma "luz" individual e a atividade de todas as coisas. Embora a prática de uma pessoa seja parte da prática de todos os seres despertos, cada prática individual é indispensável, pois atualiza e completa a atividade de todos como um buda.

Escritos do Mestre Dôgen - A Lua numa Gota de Orvalho.

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