domingo, 8 de janeiro de 2012

UM PÁLIDO PONTO AZUL



A civilização, de tempos em tempos, sofreu abalos que desacomodaram verdades que até então eram sólidas e que respondiam perguntas existenciais - Quem somos, de onde viemos, para onde vamos...As respostas prontas vindas dos meios conservadores e dominantes, tais como Academias e a Igreja foram suficientes até determinada época, quando então, a ciência e a pesquisa foram conquistando espaço e passaram a ocupar um papel mais relevante na sociedade. Algumas passagens da história causaram grandes impactos, ferindo o narcisismo da humanidade , abalando e desacomodando crenças e valores ditas como verdades até então.

O primeiro grande colapso narcísico foi quando Galileu Galilei, por volta de 1600, afirmou que a terra não é o centro do universo e é ela que gira em torno do sol, o que contrariava a teologia tradicional da época, custando a Galileu um julgamento por heresia pela Santa Inquisição.

O segundo grande colapso narcísico , foi quando Darwin, por volta de 1850, escreveu a Origem das Espécies, sobre os resultado de suas pesquisas principalmente à que se refere a descendência dos humanos dos primatas.

Outro grande colapso para a humanidade e para o conhecimento que se tinha até então, foi quando Siegmund Freud sentenciou: " O Ego não é o Amo e Senhor nem em sua própria morada", e que somos regidos por uma parte de nosso psiquismo , até então desconhecida , o Inconsciente.

Estes "colapsos" contribuíram para que a humanidade fosse avançando para uma consciência mais elaborada de si e do mundo.
Apesar disso, o o lado oriental desse ponto azul suspenso no escuro universo, já estava compreendendo a complexidade da interdependência e da impermanência. O própria Buda dizia que tudo que existe é o co-surgir interdependente e simultâneo e que tudo está em constante transformação.

Um Monge do século VI disse:

" Tudo o que existe é uma joia arredondada sem dentro e nem fora".














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