quinta-feira, 27 de janeiro de 2011




Na segunda hora de vigília, Gautama entrou ainda mais profundo em meditação. “ Percebeu como incontáveis mundos se erguiam e caíam, eram erigidos e destruídos. Enxergou como incontáveis seres passavam por incontáveis nascimentos e mortes. Viu que estes nascimentos e mortes não passavam de aparências, não eram a realidade verdadeira, assim como milhões de ondas se elevam e se dissipam incessantemente sobre a superfície do mar, enquanto o mar, em si mesmo, está além do nascimento e da morte. Se as ondas compreendessem que sua essência é a água, poderiam transcender ao nascimento e morte, alcançando a verdadeira paz interior, sobrepujando todo o medo. Esta realização capacitou Gautama a transcender a teia do nascimento e morte, e ele sorriu. Seu sorriso era como uma flor desabrochando na densa noite, irradiando um halo de luz. Era o sorriso de uma maravilhosa compreensão, o lampejo capaz de destruir todos os obscurecimentos.”

TNH

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