segunda-feira, 25 de janeiro de 2010








Continuando...
TINHA UMA PEDRA NO MEIO DO CAMINHO, NO MEIO DO MEU CAMINHO TINHA UMA PAREDE.
Meu primeiro contato com o zen foi no final de 2001. Fui apresentada pela minha amiga Rosângela, hoje Monja Shoden, companheira então, de outras caminhadas. Naquela época eu já havia vivido etapas importantes na minha vida e algumas construções importantes estavam encaminhadas e outras consolidadas. Tinha minha profissão, dois filhos, um bom casamento que proporcionava estabilidade financeira e um refúgio. Estava casada com o casamento, e esta condição me deixava alienada e engessada. Separei-me e no início não foi fácil. Era eu o e mundo. Mundo esse bastante hostil e árido. O samsara nu e cru, sem intermediários. Passei a ter necessidade de buscar um caminho espiritual e para minha grande sorte, quando cheguei para minha primeira meditação me senti “chegando em casa”. Entre eu e o mundo tinha agora uma parede. Parede essa que me acolhia, dava continência e ao mesmo tempo libertação. (Pra quem não sabe a meditação zen é sentada de frente para uma parede, em posição de lótus, meio lótus ou birmanesa, em uma almofada chamada zafu, ou num banquinho apropriado para isto.)
Conheci Mestre Moryama Roshi e Monja Angélika Zuiten, que me inspiraram confiança. A ancestralidade do Zen estava representa na figura de um mestre genuinamente japonês e minha ancestralidade germânica na figura de Monja Zuiten, por quem logo senti grande afinidade e apreço.
Causas e condições operando.
Certa vez Monja Zuiten falou que no Zen ela conheceu a maneira mais nobre e digna de viver a vida. Eu acrescentaria também, de viver a morte. Quando eu e Gisela estivemos na Alemanha visitando Mirthy, irmã de Zuiten , esta narrou os últimos meses de vida da irmã. De como ela e seus familiares ficaram emocionados com a coragem, sobriedade e nobreza de Monja Angélika Zuiten, mesmo em momentos tão difíceis e dolorosos.
Ela estava certa!
Até mais...

Nenhum comentário:

Postar um comentário