segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

PROSSEGUIMOS...

Inicialmente nosso altar era parte de uma escrivaninha e algum tempo depois uma empresa de móveis – Armarius Design nos doou um feito por eles, a pedido de nosso praticante Silvio Shuin. O Buda do altar nos foi cedido por Monge Dengaku, imagem talhada a mão, trazida do Japão por Moriyama Roshi. O sino(keso) foi presente de Mirty, irmã de Zuiten. Foi comprado numa pequena cidade perto de Munique chamada Freising. O mokugyo(instrumento de madeira em forma de peixe, utilizado nas cerimônias) e o inkin (sino de mão) foram presentes de Monge Kohô. O candelabro e o vaso do altar presente de Gisela, comprado em uma feira de antiguidades em Lisboa, perto do Mosteiro dos Jerônimos quando lá estivemos hospedados na casa de nossa amiga Vera Doen.
A luminária doação de Kobun e assim cada um tem contribuído na medida de suas possibilidades.
Já não era um zendô móvel – tínhamos o necessário, e o zendô tornou-se uma espaço simpático e agradável. Precisava agora de uma monja de verdade. Durante o ano de 2008 fui me preparando internamente para ser monja. Me aproximei cada vez mais de Sensei Coen Roshi , minha mestra, que me ordenaria. Sentia-me compreendida e aceita incondicionalmente por ela. Em agosto de 2008 corto o tecido do meu manto e passo a costurá-lo a mão até o mês de março de 2009. A costura de meu manto foi carregada de valor emocional e tive necessidade de compartilhar “alguns pontos” com as mulheres amigas que fizeram parte de minha vida: Minha mãe, tias, irmãs, cunhadas, afilhada, prima, comadre .
Esta costura falava também do processo interno que ia acontecendo dentro de mim.
Em novembro de 2008 Sensei Coen vem para são Leopoldo abençoar o zendô. Significou me abençoar também.
Em 02 de maio acontece a ordenação monástica.
A experiência vinha mostrando que seria melhor definir as lideranças e suas atribuições e por conta disto as sangas se independizaram – Surge o Zen Vale dos Sinos.
Agora então explico: A região onde São Leopoldo se localiza é O Vale do Rio do Sinos – não é sino no literal pois tem a ver com a sinuosidade do rio que atravessa a localidade.
Nós, porém escolhemos colocar o nome Zen Vale dos Sinos, identificados com esse ícone das tradições religiosas.

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